Um disco, um dígito;
Um risco rígido...
As aparências esganam,
E eu sei que sou enganado.
Minha escova de dentes
Funciona só com pilhas alcalinas
E ainda assim eu fico
Cada vez com mais preguiça
De escovar os dentes...
Eu não sei o que acontece
Mas é todo santo dia:
No espelho do banheiro
Vendo a minha cara
Não me reconheço;
Às vezes esqueço
E penso que não sou mais eu.
Talvez o que eu veja
Seja apenas um robô,
Que roubou meus olhos
E sugou a minha alma.
Plugando muita calma
No meu cérebro ciborgue,
Quem sabe um dia
Volto a ser humano...
Maquinando um plano
Nas teclas do piano,
Sei que o meu corpo
É como um pedaço de pano
E amanhã quando trocar de roupa
Pra sair na rua,
A minh'alma nua
Voará para além as nuvens...
E o meu novo aeroplano,
Sete vidas por segundo,
Contemplará de longe
O que hoje ainda mudo.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
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